13 junho 2014

Amor Imponderável II


   Caminhava errante à sua procura...
   Saudade sem nome e sem rosto, testemunha das lutas constantes e intermináveis que travava contra mim mesmo.
   Saudade anônima, por tanto tempo minha cúmplice, fiel, confidente, transeunte do meu coração.
   Por mais que doesse, era a sua companhia que ansiava sentir.
   Somente sua presença ausente era capaz de me compreender sem palavras, de me tocar sem as mãos, de me sentir sem um abraço.
   Um sorriso, um olhar, gestos delicados e a dança dos seus cabelos balançando ao sopro do vento... tudo isso eu vi sem ver. 

***
 
   De surpresa você surgiu! Singela, meiga e gentil.
   Num instante sem tempo, vestida de mulher.
   Em seus olhos, duas estrelas a me fitar, o olhar que vislumbrei por entre as brumas dos meus sonhos;
   Nos lábios a música da sua voz e a poesia em um sorriso.
   Diástole e sístole... coração descompassado...
   Ali em minha frente passado, presente e futuro, o não-tempo, a eternidade!
   Num novo corpo, presente do INFINITO,
   ALMA DE MINHA ALMA!